À favor

Juíza dá liberdade a ex-agente da CIA acusado de terrorismo

Autor

7 de abril de 2007, 8h46

Uma juíza dos Estados Unidos ordenou a liberdade mediante fiança do anticastrista Luis Posada Carriles, ex-agente da CIA, acusado por Cuba e Venezuela de atos terroristas, e determinou que ele permaneça em Miami até que seja levado a julgamento. “Estamos felizes porque a juíza Kathleen Cardone falou a favor de nosso cliente”, disse à agência Efe Felipe Millán, advogado do cubano, em El Paso, no Texas.

Apesar da decisão judicial, Posada Carriles continuará detido e será entregue às autoridades da Imigração pela ordem de deportação emitida por sua suposta entrada ilegal nos EUA.

Após a divulgação da decisão, a Procuradoria Federal solicitou a Cardone que mantenha o anticastrita detido pelo menos até o dia 13 de abril, para que o Governo determine se vai ou não recorrer da decisão.

“Os EUA precisam de tempo para considerar o adequado das condições (de liberdade) e se recorre da ordem deste tribunal”, disseram promotores em um documento apresentado à corte.

A defesa do cubano imediatamente respondeu pedindo que não outorgue ao Governo um prazo maior que o da próxima segunda-feira para que recorra da sentença perante o tribunal de Apelações de Nova Orleans na Louisiana, disse Millán. As informações são da agência Efe.

Os advogados de Posada Carriles afirmam que a urgência em obter sua libertação se deve à frágil saúde do acusado.

A decisão judicial sobre Cardone fixou uma fiança de US$ 250 mil, além de US$ 100 mil adicionais que garantem que o cubano, com nacionalidade venezuelana, volte ao tribunal para enfrentar o julgamento no dia 11 de maio, por suposta fraude e por mentir em sua solicitação de cidadania.

De acordo com a decisão, Posada Carriles deverá residir na casa de sua mulher em Miami 24 horas por dia, e só poderá sair para consultas médicas e para encontros com seu advogado sob prévia autorização do funcionário responsável pelo caso.

Também terá que usar um dispositivo eletrônico para que seus movimentos sejam supervisionados, e não poderá manter contato com nenhuma das pessoas envolvidas em seu caso.

Cardone emitiu a ordem depois de entender que Carriles não oferece risco de fuga nem é um perigo para a comunidade, como tinha afirmado o Governo dos EUA. “O tribunal acredita que a natureza e as circunstâncias do delito pesam a favor do acusado. Ele é acusado de sete crimes relacionados a falsas declarações, e não de delitos de violência ou de outros que diretamente comprometam a segurança da comunidade”, explicou a juíza no documento.

Tags:

Encontrou um erro? Avise nossa equipe!