Mais 30 dias

Outro acusado de integrar PCC ficará em regime rígido de prisão

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14 de setembro de 2006, 10h43

O preso Júlio César de Moraes, o Julinho Carambola, deve permanecer por mais 30 dias no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). A decisão foi tomada, na terça-feira (12/9), pelo Departamento de Execuções Criminais. Ele é apontado como um dos líderes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Segundo o Ministério Público e a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), há indícios de que ele participa de decisões da cúpula da organização dentro de presídios do Estado.

A internação cautelar de Julinho Carambola no RDD venceu na última segunda-feira (11/9). Por causa do feriado, não houve tempo para que a defesa do preso se manifestasse a respeito da conclusão da sindicância da Secretaria e do MP. No documento, a Secretaria e a Promotoria de Execuções Criminais pedem a inclusão definitiva dele por 360 dias no regime de isolamento. Por causa da falta da manifestação da defesa, o Decrim decidiu manter o preso no RDD por mais um mês.

Ele permanecerá isolado por apresentar “alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da sociedade”, de acordo com a decisão.

Histórico

No final de julho, a Justiça paulista decidiu manter no RDD seis presos, apontados como integrantes da cúpula do PCC, no regime de prisão especial, em Presidente Bernardes (589 km a oeste de São Paulo).

De acordo com investigações da Polícia Civil e do Ministério Público, em maio, o grupo participou ativamente da organização da maior série de atentados criminosos contra forças de segurança da história de São Paulo. Simultaneamente, apesar de presos, eles comandaram também uma megarrebelião.

Quando estão no RDD, os presos não têm acesso a rádio, TV, jornais ou revistas. Ficam em celas individuais e têm só duas horas de banho de sol por dia.

Os presos que na época foram isolados são Orlando Motta Júnior, o Macarrão, Anderson de Jesus Parro, o Moringa, Cláudio Rolim de Carvalho, o Polaco, Roberto Soriano, o Betinho Tiriça, Júlio César Guedes de Moraes, o Julinho Carambola, e Edilson Borges Nogueira, o Birosca.

O isolamento do grupo foi um dos fatores que encerrou a segunda série de ataques do PCC deste ano, de 11 a 15 de julho. Cerca de um mês antes, agentes penitenciários levantavam a possibilidade de que ao menos Julinho Carambola, Macarrão, Moringa e Birosca, então na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (620 km a oeste de São Paulo), reagissem de forma violenta contra as limitações impostas a eles.

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