Conclusão do inquérito

Ex-ministro Palocci será denunciado à Justiça por sete crimes

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12 de setembro de 2006, 12h28

A 20 dias da eleição, o ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci, candidato a deputado federal pelo PT, começa a enfrentar mais uma prova de fogo em sua carreira política. Num período de dez dias, Palocci será denunciado à Justiça por sete crimes: formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, peculato, quebra de sigilo bancário, quebra de sigilo funcional e prevaricação.

As denúncias, da Polícia Federal e da Polícia Civil, dizem respeito ao envolvimento de Palocci na quebra do sigilo do caseiro Francenildo dos Santos Costa, o Nildo — que disse que o ex-ministro freqüentava a mansão do Lago Sul, em Brasília, usada para lobby —, e nas fraudes nos contratos de lixo em suas duas administrações na prefeitura de Ribeirão Preto (1993-1996 e 2001-2002). A informação é do jornal O Estado de S. Paulo e Agência Globo.

Nesta segunda-feira (11/9), o delegado Rodrigo Carneiro Gomes, da PF, entregou à Justiça o inquérito, aberto em março, em que Palocci é acusado dos crimes de violação de sigilo bancário e funcional e prevaricação do caseiro. Ele afirma que as provas que têm são suficientemente robustas.

De acordo com o inquérito da Polícia Federal, o ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Mattoso e o ex-assessor de imprensa, o jornalista Marcelo Netto “serviram como instrumento” ao ex-ministro Antônio Palocci.

Homem forte do governo Lula e ex-prefeito de Ribeirão, Palocci sobreviveu às acusações de integrar a máfia que fraudava contratos de lixo e de ter ligação com o caixa 2 do PT, mas acabou balançando quando foi desmentido pelo caseiro, que trabalhava na mansão onde ele se reunia com os amigos da chamada República de Ribeirão.

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