Guerra virtual

Site acusado de violar lei anti-truste é processado nos EUA

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4 de novembro de 2006, 11h06

Um dos primeiros investidores do site MySpace, sucesso nos Estados Unidos, similar à rede de relacionamentos Orkut, está processando a empresa. A acusação é de violação à lei anti-truste pela prática de bloquear links para um novo serviço de compartilhamento de vídeos online.

Brad Greenspan, executivo-chefe da empresa de Los Angeles LiveUniverse Inc, pede punições. Alega que o MySpace passou a apagar referências, na página de seus usuários, ao seu novo serviço de sites, chamado vidiLife.com., desmantelou vídeo-links e bloqueou usuários que faziam menção ao site.

Tanto o MySpace quando o VidiLife permitem ao usuário a postagem de vídeos, criação de perfis e colecionar amigos virtuais. “O MySpace não tem legitimação comercial que justifique tais ações”, diz a ação, ajuizada nesta quinta-feira (2/11) na Corte Federal de Los Angeles. Ainda segundo o documento, “as ações do MySpace constituem uma tentativa de monopolizar o mercado da Internet voltado aos serviços de redes sociais nos EUA”. A ação busca reparação de danos ainda não especificados e ordena que o MySpace restaure todas as referências ao concorrente VidiLife.

O MySpace, de propriedade da Rupert Murdoch News Corp, afirma em nota que é sua rotina bloquear links de sites que violem leis de direitos autorais, e que o vidiLIfe tem sido identificado pela empresa Universal Music Group como “fonte primária de infringir conteúdos da UMG”.

Brad Greenspan, autor da ação, era executivo-chefe da empresa californiana Intermix Media Inc, que detinha o MySpace e foi vendida ano passado por US$ 580 milhões para a News Corp, do milionário da mídia Rupert Murdoch.

Brad Greenspan já se meteu numa trapalhada de grandes proporções, sob acusação, sustentada pela Procuradoria Geral de Justiça de Nova York, de que a Intermix, então de sua proriedade, teria instalado programas espiões e de anúncios em milhões de computadores domésticos. Brad Greenspan concordou em pagar US$ 750 mil, num acordo judicial que não incluía admissão de culpa.

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