Nova denúncia

TJ nega liberdade para Edinho, preso por lavagem de dinheiro

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29 de março de 2006, 17h11

O ex-jogador e filho de Pelé, Edson Cholbi do Nascimento, o Edinho, vai continuar preso. O desembargador Mariano Siqueira, do Tribunal de Justiça de São Paulo, negou, nesta quarta-feira (29/3), pedido de liminar em Habeas Corpus. Além de Edinho, mais dez pessoas pleiteavam a liberdade. O ex-goleiro está preso sob a acusação de lavagem de dinheiro, mas também é acusado de envolvimento com tráfico de drogas.

A decisão é provisória e pode ser alterada no julgamento do mérito, que será apreciado pela 2ª Câmara Criminal. Edinho está preso desde o dia 2 de fevereiro, depois que o Ministério Público ofereceu uma segunda denúncia pelo crime de lavagem de dinheiro.

Nesse caso, a acusação recai, além de Edinho, sobre Ronaldo Duarte Barsotti de Freitas, Clóvis Ribeiro, Ademir Carlos de Oliveira, Maurício Louzaeda Ghelardi, Klaus da Conceição Júnior e Nicolau Aun Júnior. A juíza Lizandra Maria Lapenna, de Praia Grande (SP), recebeu a denúncia e decretou a preventiva.

Tráfico de drogas

Na primeira denúncia, Edinho e outras 12 pessoas são acusadas de tráfico de entorpecentes, associação para o tráfico e porte ilegal de arma. As penas previstas vão de 13 a 44 anos de reclusão, mais o pagamento de 150 a 1.080 dias-multa. A denúncia se sustentou na Lei de Entorpecentes (Lei 6368/76) e no Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826/03).

Na primeira vez, Edinho foi preso em flagrante no dia 6 de junho e autuado sob suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas. O ex-goleiro negou em depoimento à Polícia Civil as acusações de associação para o tráfico, mas afirmou ser usuário de maconha e disse precisar de tratamento médico.

O ex-goleiro foi preso em seu apartamento em Santos (litoral paulista). O Denarc afirma que ele foi flagrado em conversas telefônicas com Naldinho, também preso e apontado como o chefe do tráfico de drogas na Baixada Santista.

O conteúdo das escutas não foi divulgado. De acordo com a Polícia, a quadrilha movimentaria cerca de duas toneladas de cocaína por mês. O diretor do Denarc, Ivaney Cayres de Souza, disse que será pedida a quebra de sigilo bancário dos envolvidos.

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