Obras no autódromo

Presidente da CBA aponta crime ambiental no Rio de Janeiro

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24 de março de 2006, 10h42

O presidente da Confederação Brasileira de Automobilismo, Paulo Scaglione, criticou sem meias palavras o Judiciário fluminense, na novela de adaptação do autódromo Nelson Piquet, em Jacarepaguá, para o Pan 2007. Ele falou à revista Consultor Jurídico ao deixar a audiência presidida pela juíza Jacqueline Montenegro, titular da 6ª Vara de Fazenda Pública do Rio, na qual a CBA firmou acordo com a Prefeitura e o Ministério Público Estadual sobre as obras no circuito carioca.

“Considerei criminosa a atitude praticada pela Riourbe (estatal do município), cujo presidente João Luis Reis da Silva disse para quem quisesse ouvir que começou a mexer no autódromo sem uma licença ambiental. Na pior das hipóteses, em se tratando de crime confesso, o mesmo deveria ter recebido voz de prisão na audiência”, afirmou.

Sclagione também fez comentários duros contra o Ministério Público fluminense. “Estranhei a postura dos promotores. Primeiro, por desconhecerem que a CBA tem cunho social e não comercial. Além disso, do primeiro ao último minuto da audiência, as duas representantes do MP não se ativeram ao fato de que a destruição do anel construído para abrigar provas da Fórmula Indy irá resultar num prejuízo de US$ 80 milhões aos cofres do município”, destacou.

O valor corresponde ao investimento feito pelo prefeito César Maia no passado, para garantir que a Cart, organizadora do evento, realizasse competições no Rio.

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