Mandante do crime

Ministério Público acredita que PCC mandou matar advogado

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26 de julho de 2006, 12h41

De acordo com o Ministério Público de Mato Grosso do Sul, a organização criminosa do PCC, o Primeiro Comando da Capital, mandou matar o advogado William Maksoud em Campo Grande. Motivo: ele não conseguiu a transferência de um preso integrante da facção criminosa e não aceitou trabalhar de graça. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

A promotora Luciana Nagib Jorge disse, por meio da assessoria, que incluirá na denúncia o líder do PCC, Marcos Willians Camacho, o Marcola, como mandante, e mais quatro acusados.

A principal base para a acusação é o depoimento do preso Júlio César Silvério, o Julinho de Ouro. Ele contou que ouviu “de presidiários do PCC” sobre o plano para matar o advogado porque ele não conseguiu a transferência do preso “Júlio César Camacho, irmão de Marcola”. No dia seguinte ao depoimento, Julinho de Ouro foi morto a tiros.

De acordo com a Polícia, um outro inquérito concluiu que sete membros do PCC, presos em Campo Grande e Naviraí, sul do estado, são os mandantes do crime motivado por “serviços não realizados ou insatisfatórios” à facção.

O PCC, segundo a Promotoria, pagou de R$ 50 mil a R$ 100 mil e deu uma camionete para o advogado obter a transferência do preso. Como não conseguiu a transferência, ele devolveu R$ 30 mil e foi obrigado a prestar serviços de graça por dois anos para a facção. Não aceitou a imposição e, por isso, foi assassinado.

Maksoud era um conhecido advogado criminalista e ex-vereador em Campo Grande. Ele levou três tiros em seu escritório no dia 5 de abril e morreu 17 dias depois no hospital.

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