Caso Ricthtofen

Termina terceiro dia do julgamento de Suzane e irmãos Cravinhos

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19 de julho de 2006, 23h27

Terminou nesta quarta-feira (19/7) o terceiro dia do julgamento de Suzane von Ricthtofen e dos irmãos Cristian e Daniel Cravinhos. Eles são acusados de planejar e matar os pais dela na casa em que a família vivia, na zona sul da capital paulista.

A sessão foi marcada pela oitiva das testemunhas e pelo novo depoimento de Cristian, que quis mudar a versão até agora apresentada no caso da morte do casal. Na segunda-feira (17/7), primeiro dia do júri, o co-réu negou ter dado os golpes em Marísia. Nesta terça, ele confessou ter batido com as barras de ferro na mãe de Suzane. O depoimento foi marcado por forte emoção.

Ainda nesta quarta, os advogados de Suzane protocolaram o pedido de desistência de herança de Suzane. Mauro Octávio Nacif, um dos advogados da ré, solicitou ao juiz Alberto Anderson Filho, presidente da sessão, que a petição fosse juntada aos autos, mas não foi atendido.

Para que o documento fosse anexado, era preciso que a solicitação fosse feita três dias antes do julgamento, conforme determina o Código de Processo Penal. “Embora demonstre a boa vontade, não há elemento processual que justifique a juntada”, entendeu o juiz.

A consideração foi acompanhada pelo Ministério Público e pelo assistente de acusação Alberto Zacharias Toron. “Há regra expressa nesse sentido. É proibida a produção de matéria de fato constante do processo durante o julgamento. Isso levanta a idéia de oportunismo, que nem merece ser discutida”, observou o advogado criminalista.

A sessão desta quinta-feira (20/7), quarto dia do júri, vai começar às 10h. Será feita a leitura dos autos, a pedido de Nacif, e a exibição de fitas e imagens juntadas no processo.

Júri

Os três réus foram denunciados pelo Ministério Público por duplo homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima. Christian Cravinhos, especialmente, também responde por furto no mesmo processo. O crime aconteceu em outubro de 2002.

A estratégia traçada pela defesa dos irmãos Cravinhos é de que foi Suzane quem arquitetou o plano. Os advogados da jovem afirmam o contrário: para eles, Suzane sempre foi inocente e não poderia ter planejado o assassinato dos pais, porque se relacionava muito bem com eles.

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