Milagre da vida

Juíza encaminha criança encontrada em lagoa para abrigo

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31 de janeiro de 2006, 13h38

A bebê encontrada na Lagoa da Pampulha, em Minas Gerais, foi encaminhada para um abrigo. A juíza substituta Neuza Maria Guido decidiu que a menina deve aguardar até que o Processo de Providências seja julgado no Juizado da Infância e da Juventude de Belo Horizonte.

Depois, a criança poderá ser encaminhada para um dos casais do Programa Pais de Plantão do Juizado. O nome do abrigo e do casal não serão revelados para preservar a privacidade da menina e dos pais adotivos.

O bebê foi encontrado na lagoa por um casal de namorados. A criança, de dois meses, estava dentro de um saco plástico. Sua mãe, Simone Cassiano da Silva, nega que tenha atirado a menina no rio. A Polícia está investigando o caso.

Segundo a psicóloga Maria Luiza Vasconcelos, o processo ainda não chegou às mãos da juíza, mas o Setor de Estudos Familiares já recebeu contatos telefônicos da avó materna, que demonstrou interesse em requerer judicialmente a guarda da criança.

Maria Luiza explica que, caso a família entre com o pedido de guarda da criança, a juíza provavelmente pedirá um estudo psico-social dos familiares envolvidos. Só depois decidirá sobre o destino da criança — se ela fica com a família ou se vai para a adoção.

Pais de Plantão

Segundo a psicóloga Maria Luiza Vasconcelos, o juizado já recebeu diversos telefonemas, inclusive de pessoas famosas, que pediram para não serem identificadas, e até estrangeiros se candidatando à guarda da criança. Mas, segundo Maria Luiza, o juizado só trabalha com os pais devidamente cadastrados, que já tenham passado por um estudo com as assistentes sociais e psicólogas do juizado.

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