Ameaça de paralisação

Delegados federais podem entrar em greve em março

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23 de janeiro de 2006, 9h51

Os delegados da Polícia Federal podem entrar em greve a partir de março caso o governo federal não indique boa vontade para tratar das reivindicações da categoria. Os servidores reclamam reajuste de salários e melhores condições de trabalho.

A possibilidade de greve foi decidida em assembléia da Fenadepol — Federação Nacional dos Delegados da Polícia Federal, na sexta-feira e no sábado (21/1). A categoria não fixa o índice de reajuste pretendido, mas pede a criação de um calendário de negociações. Desde o final do ano passado, os delegados ameaçam cruzar os braços.

Em 8 de novembro, greve de um dia dos delegados da Polícia Federal atingiu cinco estados brasileiros: São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Alagoas e Espírito Santo. Segundo o presidente da Federação do Delegados, Armando Rodrigues Coelho Netto, mentor intelectual da paralisação, a adesão foi maior do que se esperava.

Pesquisa feita pela federação nacional durante o Encontro Nacional dos Delegados de Polícia Federal, em setembro passado, mostrou que a maioria defende paralisação por até uma semana e 19% dos delegados presentes ao encontro votam por deflagrar uma operação padrão para pressionar o governo.

Atualmente, o salário inicial de um delegado PF ou perito está em torno de R$ 6,5 mil. O agente ou escrivão começa com R$ 3,5 mil. A diária para um agente atuar em outro estado é de R$ 130, valor que deve cobrir todas as despesas como alimentação, hospedagem e transporte.

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