Justiça rápida

Homem que massacrou família é condenado a 156 anos de prisão

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17 de janeiro de 2006, 18h32

Quatro meses depois de assassinar cinco membros de uma mesma família em São Paulo, Ricardo Francisco dos Santos foi condenado a 156 anos de reclusão em regime fechado. A sentença foi lavrada pelo Juiz Pedro Luiz Aguirre Menin, da 14ª Vara Criminal Central, que enquadrou Santos cinco vezes no artigo 157 do Código Penal (roubo seguido de morte).

Santos praticou o crime em companhia de Celso Alencar dos Santos, que foi encontrado morto, antes de cumprida a ordem de prisão preventiva expedida contra ele. O crime ocorreu em 10 de setembro do ano passado e em 4 de outubro o Ministério Público do Estado de São Paulo apresentou denúncia contra a dupla. Quatro meses depois o caso já tem sentença.

Cabe recurso. Por se tratar de crime hediondo, o condenado aguarda o julgamento na prisão, em regime fechado.

Família massacrada

Na noite de 10 de setembro, um sábado, dois homens armados invadiram a casa da família Yonekura, na Zona Leste de São Paulo. A família reunida comemorava a chegada dos irmãos Milton e W., depois de uma estada no Japão, onde trabalharam como dekassegui. Além dos dois estavam na casa os pais Tadashi e Futaba Yonekura; Fátima, filha do casal; a mulher de W., Érika Miyamoto; e seu filho recém-nascido.

Entre as 8 horas da noite do sábado e as 9 da manhã do domingo, os dois invasores imobilizaram, ameaçaram e torturaram os membros da família em busca dos dólares do Japão. Reviraram a casa e encontraram US$ 5 mil dólares que embolsaram. Roubaram também um aparelho de som, um discman, um aparelho de telefone celular e um par de tênis.

Antes de fugir, assassinaram a tiros e a pauladas um a um os membros da família. Por fim, incendiaram a casa. W.. levou pauladas na cabeça, perdeu a consciência mas sobreviveu. O bebê foi poupado.

A polícia partiu da suspeita de que os autores do crime conheciam a família Yonekura, já que sabiam da chegada dos irmãos do Japão, trazendo dólares. Ricardo Francisco dos Santos era amigo de infância de Milton Yonekura, um dos mortos no massacre. Foi preso, e, agora, condenado.

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