Porte de arma

Justiça deve apreciar pedido de liberdade do jogador Viola

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2 de janeiro de 2006, 12h02

A Justiça paulista deve apreciar nesta segunda-feira (2/1) o pedido de liberdade do jogador de futebol Paulo Sérgio Rosa, o Viola. Ele foi preso na madrugada de domingo, em Barueri, grande São Paulo, após discutir com a ex-mulher. Segundo a Polícia, o atleta portava uma espingarda calibre 12 e, embora tivesse o registro da arma, não tem licença para andar armado.

Viola foi detido por volta das 3 horas da manhã, na casa da ex-mulher, Leila Rosa Celino, de 34 anos, em um condomínio de luxo em Barueri. Casados por 12 anos, eles estão separados há dois meses. Segundo relato de Leila à polícia, Viola foi buscar o filho, de 11 anos, mas ela suspeitou que o ex-marido estivesse alcoolizado e proibiu que ele saísse com o menino. Os dois, então, começaram a discutir e ela chamou a Polícia. As informações são do Portal Estadão.

De acordo com o boletim de ocorrência, Viola ficou andando pela rua com a arma na mão. A informação foi confirmada por seguranças do condomínio Tamboré III. Os policiais acharam a arma no banco do carro do jogador. Leila afirmou que não foi ameaçada pelo ex-marido. Mas disse que o jogador costuma andar com a espingarda no carro.

Viola negou a versão da ex-mulher. Ele afirmou que a arma estava em seu sítio em São Roque, a 54 quilômetros da capital. E, há uma semana, resolveu levá-la para casa. Viola negou estar embriagado e disse que a espingarda não tinha munição.

Na delegacia de Barueri, o delegado Davi Marum Júnior autuou o jogador por porte ilegal de arma. Pelo Estatuto do Desarmamento, o crime é inafiançável e, em tese, o réu não tem direito à liberdade provisória, por se tratar de uma arma de uso restrito.

Se for condenado, Viola pode pegar de 3 a 8 anos de prisão. Para William Wagner, advogado do jogador, tudo não passou de um engano. “A espingarda ficou o tempo inteiro dentro do carro. E como ele possui o registro, não houve nada de errado.” À noite, Viola permanecia na carceragem da delegacia de Barueri.

A prisão pode impedir a assinatura, prevista para esta segunda, do contrato entre Viola e o clube Juventus. “Não posso dizer que tudo está cancelado. Precisamos saber se ele continuará com esse problema ou não”, disse José Carlos Brunoro, diretor do Pão de Açúcar Esporte Clube, que administra o Juventus. No ano passado, Viola disputou o Campeonato Brasileiro na série B, pelo Bahia.

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