Caça-níqueis

TV Globo demite jornalista envolvido com máfia de caça-níqueis

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18 de dezembro de 2006, 21h13

A Rede Globo demitiu nesta segunda-feira o jornalista José Messias Xavier, acusado de envolvimento com uma suposta máfia dos caça-níqueis, do Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Federal, Messias, que já estava afastado de suas funções na Globo, repassava informações sigilosas da PF para a máfia, em troca de dinheiro.

O jornalista nega as acusações. Para ele, as conversas telefônicas que manteve com supostos integrantes da máfia; e que fundamentaram a acusação da Polícia contra ele, tinham propósito estritamente jornalístico. Xavier colocou seu sigilo telefônico e bancário à disposição das investigações.

Em pronunciamento a TV Globo afirma não ter dúvida de que somente a Justiça poderá concluir se o jornalista José Messias Xavier é culpado ou inocente dos crimes de que é acusado, depois de uma investigação contundente.

Entretanto, diante do conteúdo das gravações telefônicas, está claro, para a TV Globo, que o comportamento do jornalista foi incompatível com as normas éticas da emissora. Por este motivo, a TV Globo decidiu demití-lo. A notícia foi divulgada no Jornal Nacional, da própria Globo.

Na semana passada, o Ministério Público Federal pediu a prisão preventiva de 43 pessoas envolvidas na máfia dos caça-niqueis. . A Justiça negou 24 pedidos. Entre os denunciados envolvidos no esquema de contrabando de máquinas caça-níqueis, estão bicheiros, policiais militares e civis, contadores e advogados. Eles fariam parte de dois grupos criminosos. As investigações foram feitas pela Polícia Federal na Operação Gladiador, a partir de monitoramentos telefônicos autorizados judicialmente.

Segundo os procuradores da República que participam da investigação, a decisão compreende, ao todo, mais de 6 mil máquinas caça-níqueis avaliadas em US$ 75 milhões. Essas máquinas seriam responsáveis pela arrecadação diária de R$ 22 milhões.

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