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Rede 21 ganha direito de resposta na revista Veja

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1 de dezembro de 2006, 21h50

A revista Veja foi condenada a publicar uma carta da Rede 21 na página ao lado da coluna de Diogo Mainardi, na edição que vai às bancas no dia 10 de dezembro. O direito de resposta foi concedido pelo juiz Régis Rodrigues Bonvicino, da 1ª Vara Cível do Foro de Pinheiros, na capital paulista. Cabe recurso.

Na ação, a emissora alegou que vem sofrendo campanha difamatória e caluniadora comandada pelo colunista Diogo Mainardi, a mando da Editora Abril. O Grupo Band, que comanda a Rede 21, acusa Veja de denegrir a imagem do grupo e atingir a honra pessoal dos diretores.

A Band afirma que desde que inaugurou a PlayTv, concorrente da MTV, pertencente ao Grupo Abril, a revista Veja iniciou uma “série orquestrada de ataques mentirosos, deturpação de fatos, acusações levianas e desabonadoras” contra o grupo.

A mira de Mainardi focou a Rede 21 em razão do contrato com a Gamecorp — empresa da qual Fábio Luís Lula da Silva Filho, filho do presidente Lula, é acionista. O conteúdo da Gamecorp foi adquirido pela Rede 21, que mudou o nome fantasia para Play TV.

Em uma de suas mais recentes colunas, Mainardi afirmou que depois do contrato da empresa do filho de Lula com a Rede 21, o Grupo band passou a receber mais publicidade de estatais. De acordo com o colunista, Lula dá dinheiro à Bandeirantes, “que deu um canal ao filho de Lula”.

Ao conceder direito de resposta à Rede 21, o juiz destacou verbete do Manual de Redação e Estilo do jornal O Estado de S.Paulo: “Nunca atribua um crime a alguém, a menos que a pessoa tenha sido presa em flagrante (e não haja dúvidas a respeito da sua culpa ou confessado ato). Mesmo que seja a polícia quem faça a acusação, recomenda-se cautela para que o jornal, involuntariamente, não difunda uma versão que se possa demonstrar equivocada ou inverídica”.

O juiz determinou ainda multa diária de R$ 1 mil em caso de descumprimento da decisão e ressaltou que a resposta da Rede 21 não pode conter quaisquer acusações contra o Grupo Abril. O advogado Alexandre Fidalgo, do escritório Lourival J. Santos Advogados, que representa Veja, afirmou que a revista ainda não foi notificada da decisão.

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