Ranking do TSE

Profissão mais comum entre candidatos é a de advogados

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18 de agosto de 2006, 19h35

De todos os candidatos para as próximas eleições, 9,8% (19.402) exercem cargos políticos. Para os cargos de senadores, deputados federais e governadores, a profissão mais comum é a de advogados. O levantamento foi divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral, nesta sexta-feira (18/8). Entre os que se declararam político de profissão, existem formações acadêmicas das mais diversas.

No levantamento sobre as profissões, em segundo lugar vêm advogados. São 1.438. Depois, vêm os empresários (1.396) e comerciantes (1.387). No dia 1º de outubro, os brasileiros irão escolher 513 deputados federais, 1.059 deputados estaduais e distritais, 27 senadores, 27 governadores e um presidente da República.

A base de dados a partir da qual se fez o levantamento ainda não está consolidada e sofre alterações a todo o momento. Para se ter uma idéia, da fase de registro das candidaturas (de 5 a 7 de julho) até esta sexta-feira, 368 pedidos de registro foram indeferidos, 197 candidatos renunciaram e cinco morreram. Os dados somente estarão consolidados após o dia 23 de agosto, limite para que os Tribunais Regionais Eleitorais e o TSE julguem todos os pedidos de registro de candidaturas.

Presidência da República

De acordo com os dados divulgados pelo TSE, os oito candidatos à Presidência da República (dois estão sub judice) declararam as seguintes profissões:

– Luiz Inácio Lula da Silva (coligação A Força do Povo): presidente da República, candidato à reeleição;

– Geraldo Alckmin (coligação Por um Brasil Decente): médico;

– Heloísa Helena (coligação Frente de Esquerda): senadora;

– Cristovam Buarque (PDT): professor de ensino superior;

– José Maria Eymael (PSDC): advogado e empresário;

– Luciano Bivar (PSL): empresário;

– Ana Maria Rangel (PRP): cientista política;

– Rui Costa Pimenta (PCO): jornalista e redator.

As candidaturas de Ana Maria Rangel e Rui Costa Pimenta tiveram os pedidos de registro impugnados pelo TSE. No primeiro caso, pela falta de reconhecimento da candidatura pela legenda por meio da qual se apresentou como candidata. No segundo, pela entrega da prestação de contas da campanha de 2002 fora do prazo.

De acordo com o artigo 58 da Resolução 22.156 do TSE, o candidato que tiver seu registro indeferido pode recorrer da decisão. Enquanto estiver sub judice, pode prosseguir na campanha e ter o nome mantido na urna eletrônica.

Senado

Entre os 232 candidatos ao Senado, a profissão mais comum entre eles é a de advogado. Dos 196 candidatos masculinos, 29 são advogados. Entre as 36 mulheres, quatro também têm registro na OAB.

A segunda profissão mais comum entre os candidatos ao Senado é a de empresário (14). No caso das candidatas, a segunda ocupação mais comum é a de servidora pública federal (três).

De carreira política, entre os candidatos ao Senado, 11 disputam a reeleição, nove são deputados e seis, vereadores. Entre as candidatas ao Senado, duas são deputadas e uma é vereadora.

Ainda entre os que concorrem ao Senado, as profissões são diversificadas: têm de padeiros e confeiteiros (dois) até geólogos e militares da reserva; cantor e compositor — Vital Farias, pelo PSOL da Paraíba — e publicitárias (dois); uma cobradora de transporte coletivo, um artista plástico e um chaveiro, um sacerdote, entre outros.

Deputados federais

Dos 5.480 candidatos a deputado federal, são 4.793 homens e 687 mulheres. As profissões mais comuns entre eles são as de advogado (560) e empresário (422).

Em terceiro lugar, no ranking das ocupações dos candidatos a deputado federal, vêm os políticos de carreira. Entre os homens, 340 são deputados, 176 são vereadores, dois são prefeitos e dois são senadores. Entre as mulheres, 27 são deputadas e 21, vereadoras. Entre os servidores públicos estaduais e federais, 342 tentam uma vaga na Câmara Federal.

Há, ainda, 18 donas de casa, alfaiates (quatro), artistas plásticos (dois), empregados domésticos (dois), manicures (dois), um comissário de bordo, uma garçonete, uma pescadora e uma sacerdotisa. E muitos declaram ser professores, comerciantes, médicos, estudantes, policiais, engenheiros e aposentados.

Governadores

Dos 212 candidatos a governador de estados, 185 são homens e 27 são mulheres. A profissão mais comum entre eles é a de advogado (22), entre os candidatos, e de professor de ensino médio (4), entre as candidatas.

Em seguida, vem a própria carreira política: 16, sendo 15 homens e 1 mulher, são candidatos à reeleição em seus próprios estados. Em terceiro lugar, entre os governadores, vem a profissão de empresário: são 13 empresários e três empresárias.

Entre as ocupações sem nível superior para os postulantes ao cargo de governador, surgem agentes postais, vendedores, caixeiros-viajantes, protéticos e mecânicos.

Deputados estaduais

Para o cargo de deputado estadual concorrem 12.779 candidatos, sendo 10.967 homens e 1.812 mulheres. A profissão mais declarada do sexo masculino é a de comerciante, com 920 candidatos, seguida de empresário (823), advogado (676), vereador (583), deputado (518) e médico (484). Na classificação “outros” — sem profissão declarada — está incluída a maioria: 1.439 candidatos.

As profissões menos cotadas entre os homens são de borracheiro, coveiro, astrólogo, com um candidato em cada uma; gari, catador de recicláveis, serralheiro, com dois candidatos; motoboy (cinco), garçom (seis), atleta (10), pescador (12), cantor (26). Há, ainda, detetives particulares (cinco), um coreógrafo/bailarino, artistas de circo (dois), feirantes (13) e estagiários/bolsitas (199).

Entre as mulheres, a maioria declarou ser professora de nível médio (113). As demais profissões mais declaradas foram: advogada (106), servidor público estadual (99), comerciante (96) e empresária (75). A maioria também está incluída na categoria “outros”, com 350 candidatas.

Existe uma candidata que se declarou artista de circo, duas decoradoras, quatro cozinheiras, 11 cabeleireiras e 50 donas de casa, entre outras.

Deputados distritais

São 691 candidatos ao cargo de deputado distrital, sendo 145 mulheres e 546 homens. A profissão mais destacada é de servidor público do Distrito Federal: 96 do sexo masculino e 19 do feminino.

Em seguida, as profissões mais declaradas entre os homens são servidor público federal (41), policial militar (38), empresário (37), advogado (33) e comerciante (22). Na categoria “outros”, também fica a maioria, com 96 candidatos.

Um candidato se declarou taxista, ao lado de dois serralheiros, quatro vigilantes, cinco policiais civis e seis aposentados, entre outros.

Entre as mulheres, declararam ser servidoras públicas federais 13 candidatas, seguidas de empresária (sete), auxiliar de escritório e professora de ensino médio (seis), advogada (cinco) e administradora (quatro). Existem ainda as profissões de gari, cantora, estofadora e vendedora em praça pública. A categoria “outros” tem 30 candidatas.

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