Insinuação perigosa

PT promete processar secretário de Segurança Pública de SP

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8 de agosto de 2006, 17h29

O PT prometeu processar o secretário de Segurança Pública, Saulo de Castro. Motivo: ele insinuou existir ligação entre a facção criminosa PCC — Primeiro Comando da Capital e o ex-secretário dos Transportes de São Paulo, Jilmar Tatto (PT). A declaração foi dada, na segunda-feira (7/8), no programa Canal Livre, da TV Bandeirantes.

A resposta do PT foi dada em nota oficial. “Mais uma vez o PT está sendo vítima de um ato irresponsável”, disse o presidente estadual do partido, Paulo Frateschi. Ele afirmou que toda vez que há período eleitoral surgem ilações tentando relacionar o partido com fatos negativos. O PT está estudando as medidas cabíveis que tomará contra Saulo, mas adiantou que pretende processar todos que fizerem declarações caluniosas.

No programa Canal Livre, Saulo afirmou, sem citar o nome de Tatto, que um inquérito da Polícia demonstrou a relação entre o ex-secretário petista e integrantes da facção que domina lotações em São Paulo. Saulo se referiu ainda a Tatto como “o ex-secretário da Marta”. Ele disse acreditar que os ataques do PCC devem continuar até as eleições, pois o objetivo da facção seria prejudicar os candidatos do PSDB. A informação é da Agência Estado.

Em junho, a Polícia Civil pediu a prisão preventiva de Tatto sob a acusação de que ele teria facilitado a entrada de integrantes do PCC em uma cooperativa de perueiros de São Paulo enquanto era secretário dos transportes do município. A acusação constava do interrogatório de Luiz Carlos Efigênio Pacheco, de 36 anos, o Pandora, presidente da Cooper Pam, uma cooperativa de perueiros que atuava na zona sul de São Paulo. Tatto sempre alegou que as suspeitas eram infundadas. A Justiça negou o pedido.

O presidente estadual do PT comparou o caso com o seqüestro do empresário Abílio Diniz, quando “tentaram envolver o PT na véspera das eleições”. No caso de Diniz, seqüestradores do empresário foram presos na véspera da eleição presidencial de 1989. Policiais civis paulistas foram acusados de obrigá-los a vestir camisetas do PT a fim de que fossem fotografados e filmados pela imprensa.

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