Morte em Anapu

Fazendeiro suspeito de matar Dorothy Stang vai a júri popular

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29 de abril de 2006, 12h55

O fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, o Taradão, acusado de ser mandante do assassinato da missionária Dorothy Stang junto com Vitalmiro Bastos de Moura (o Bida) será levado a júri popular. A decisão, desta sexta-feira (28/4), é do Tribunal de Justiça do Pará, por sete votos a um.

A missionária foi assassinada com seis tiros na zona rural de Anapu (PA) no dia 12 de fevereiro de 2005. Os pistoleiros Rayfran das Neves Sales e Clodoaldo Carlos Batista foram condenados a 27 e 17 anos de prisão, respectivamente. Amair Feijoli da Cunha (o Tato) foi condenado a 18 anos por ser o intermediário do crime. As informações são da Folha Online.

No recurso, a defesa de Taradão apontava fragilidade nos indícios de sua participação no crime. Isso porque Tato, única testemunha que acusa o fazendeiro de consorciar-se com Bida para pagar os R$ 50 mil pela morte da freira negou, em um dos três depoimentos na fase processual, o envolvimento dele no crime.

Ao declarar voto contra o recurso do fazendeiro, o desembargador Raimundo Holanda (que em sessão anterior era a favor do recurso) considerou que Tato confessou o envolvimento de Taradão no crime. “Se há divergências quanto aos indícios (da participação do fazendeiro no crime), elas têm que ser dirimidas pela Tribunal do Júri, a quem compete julgar a questão”.

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