Vôo firme

Justiça do Rio afasta a possibilidade de falência da Varig

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17 de abril de 2006, 19h58

“Tenho que respeitar a palavra do administrador judicial. A Varig tem faturamento e um patrimônio considerável. Não fosse assim, não haveria tantas propostas por ela”. Com estas palavras o juiz Luiz Roberto Ayoub, da 1ª Vara Empresarial do Rio, afastou as especulações que tomaram conta do mercado nesta segunda-feira, (17/4), de que estaria prestes a decretar a falência da companhia.

Segundo ele, enquanto a empresa se mostrar viável seus aviões permanecerão cruzando os céus do Brasil e do exterior. O juiz se reuniu nesta segunda (17) com representantes da Agência Nacional de Aviação Civil, para discutir a saúde econômico-financeira da empresa. Aos dirigentes do órgão, Ayoub declarou que a situação atual da Varig é a mesma de quando ela entrou com pedido de recuperação judicial.

Roberto Ayoub negou, em concorrida entrevista coletiva, que a diretoria da Varig lhe tenha encaminhado pedido para dilatação do prazo para pagamento de combustível fornecido pela BR Distribuidora, assim como informou que não recebeu a proposta de R$ 400 milhões pela Varig, partida da Varig-LOG, ex-subsidiária da Varig.

Ele aproveitou a ocasião para criticar veículos da mídia. “Andam publicando decisões que jamais tomei”, enfatizou. Mas revelou que encaminhou ao Ministério Público do Rio de Janeiro, para obtenção de parecer, a decisão da Justiça do Trabalho, que semana passada decretou o arresto de bens da companhia para pagamento de dívidas com um grupo de empregados da Varig. “Só depois de receber a análise do MP vou me manifestar”.

O juiz declarou mais uma vez que acredita na viabilidade da Varig e que ela “é um patrimônio nacional. O Judiciário do Rio não faltará no esforço para recuperá-la”.

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