Fórmula do poder

Polícia Federal quer mais independência e autonomia

Autor

  • Edison Tessele

    é presidente do Sinpofesc — Sindicato dos Policiais Federais no Estado de Santa Catarina e diretor de Comunicação da Fenapef — Federação Nacional dos Policiais Federais.

14 de setembro de 2005, 12h44

Autonomia e independência é o que precisa a Polícia Federal. O modelo a ser seguido ou a ser adaptado e aperfeiçoado é o do Ministério Público. Devemos ser uma polícia de Estado, a serviço da cidadania, e não de governos. Agimos dentro da lei, respeitando e fazendo respeitar o Estado Democrático de Direito. Nosso trabalho é para a sociedade e não pode sofrer ingerências políticas.

A Polícia Federal no Estado Democrático, aliás, foi tema de recente Congresso Nacional dos Policiais Federais, em Brasília. Cabeças pensantes deste país, lideranças em geral e parlamentares não têm dúvida alguma sobre essa necessária autonomia, que precisa ser financeira, administrativa e estar presente em todas as investigações.

De fato, a Polícia Federal nunca teve tanta autonomia para trabalhar como no governo atual. E nesse momento de CPIs e escândalos político-institucionais nada melhor do que reforçar essa questão, até pela via legal, jurídica, para que o Departamento de Polícia Federal tenha, de fato e de direito, essa autonomia e essa independência.

Por quê? Porque no passado recente a PF foi usada como instrumento político, na mão de governantes sem escrúpulos. Nesses casos, os resultados são os piores possíveis, para a investigação e para a nação.

O momento atual é delicado. Eventuais conquistas não podem ser perdidas por mudanças de governo. É por isso que a Fenapef — Federação Nacional dos Policiais Federais tem estudado esse tema e pretende formular propostas nesse sentido, depois de análise técnica detalhada.

A idéia é garantir de forma perene que a Polícia Federal não seja somente a Polícia Judiciária da União, como de fato e de direito é, mas também a Polícia Cidadã, que investiga em nome da verdade, a favor da sociedade, sem o dedo nefasto de interesses político-partidários ou de governantes de plantão.

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    é presidente do Sinpofesc — Sindicato dos Policiais Federais no Estado de Santa Catarina e diretor de Comunicação da Fenapef — Federação Nacional dos Policiais Federais.

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