Agora é ficção

Procuradora Luiza Eluf lança Retrato, um romance jurídico

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30 de novembro de 2005, 19h58

A procuradora de Justiça do Ministério Público de São Paulo, Luiza Nagib Eluf, foi surpreendida por um comentário do advogado Paulo Sergio Leite Fernandes ao escrever um artigo para a revista Consultor Jurídico. O advogado criticava com bom humor a posição defendida pela procuradora e a chamava de romancista. “Quando eu vi, pensei que escrever um romance era justamente o que eu queria fazer, e fiquei com idéia na cabeça.” A idéia virou realidade e na próxima segunda-feira (5/12) Luiza lança Retrato, seu primeiro romance.

O evento acontece a partir das 19 horas, na Fnac Paulista, na avenida Paulista, 901, em São Paulo.

O livro, publicado pela editora Conex, fala de fatos fictícios, mas está baseado em fatos reais vividos na experiência profissional da procuradora. Depois de passar pelo Conselho Federal e Estadual de Entorpecentes e pelo Conselho Estadual da Mulher tem muitas e boas histórias e idéias para contar o consumo de drogas, o assedio sexual, a atuação da policia e o machismo.

A personagem Ana trabalha na área jurídica de uma empresa. É uma mulher forte e emancipada, se separou há pouco tempo do marido e tem que conciliar o seu tempo entre o trabalho que passa a exigir cada vez mais dela, seu novo amor que vive em um casamento fracassado com outra mulher e principalmente o seu filho adolescente que se envolve com drogas pesadas. Diante do problema do filho, Ana tem que lutar para que todos os conflitos se resolvam.

Luiza Nagib Eluf também é autora dos livros Brasileiro á assim mesmoem co-autoria com Jaime Pinsky, da editora Contexto; Crimes contra os costumes e assédio sexual da editora Jurídica Brasileira e A paixão no banco dos réus um detalhado estudo de 14 crimes passionais famosos, publicado pela Saraiva.

Para a procuradora, desde o seu último livro, em que pessoas da vida real cometem homicídios movidas pela paixão, que a sua vontade de escrever romances cresceu. “Enquanto eu escrevia o livro, torcia para a mulher não morrer no final de cada história, mas eu já sabia como teria que terminar. Agora, ao escrever o romance, conduzi a história do jeito que eu acho certo.”

A ficção, que demorou dois anos para ser escrita, trouxe uma nova experiência para Luiza Eluf, que diz já ter definido a linha profissional como escritora. “A experiência foi muito boa. O livro técnico é frio, não mexe com sentimentos e emoções. O romance embora possa ter um conteúdo técnico também pode trazer sentimentos e emoções.”

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