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Senadores ouvem mais uma testemunha do caso Celso Daniel

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29 de novembro de 2005, 12h05

O Ministério Público e os senadores Magno Malta, Romeu Tuma e Eduardo Suplicy, todos membros da CPI dos Bingos, ouviram nesta segunda-feira (28/11) o depoimento de uma líder comunitária que aponta o empresário Sérgio Gomes da Silva – o Sombra – como mandante do seqüestro do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel.

De acordo com a testemunha, Sérgio Gomes da Silva conseguiu R$ 1,5 milhão para a campanha política de 2000 do PT. O dinheiro foi “doado” por um traficante e em troca, o prefeito, se comprometeu com a legalização do transporte de lotação. O crime, na versão dessa testemunha, foi motivado pelo não cumprimento do acordo.

O traficante teria exigido o dinheiro de volta e o empresário resolveu seqüestrar o prefeito e pedir resgate de R$ 3 milhões. No entanto, no momento do seqüestro, Celso Daniel teria reconhecido um dos seqüestradores que, na versão da testemunha, trabalhava para Sérgio Gomes da Silva.

Dois personagens citados pela testemunha já morreram. O informante que teria repassado a ela essa versão e o seqüestrador reconhecido pelo prefeito.

O seqüestro teve a participação de Dionízio Severo a pedido de Sérgio Gomes da Silva. Dionísio foi resgatado de helicóptero de um presídio em Guarulhos na véspera do seqüestro. Depois foi recapturado e, mais tarde, morto em um centro de detenção.

Acareação

Os senadores promoveram a acareação com oito presos acusados de envolvimento no seqüestro e na morte do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel. Todos negaram conhecer qualquer fato que indicasse participação do empresário Sérgio Gomes da Silva no crime.

Participaram da acareação os presos José Erivan Aleixo da Silva, Ivan Rodrigues da Silva, José Edson da Silva, Itamar Messias Silva Santos, Rodolfo Rodrigo dos Santos Oliveira, Elcyd Oliveira Brito, Ailton Feitosa e Marcos Roberto Bispo dos Santos. O preso José Márcio Felício – o Geleião – esteve no Ministério Público não participou da acareação com os senadores.

O empresário, que acompanhava o prefeito morto na noite em que foi seqüestrado e assassinado, foi denunciado em 2003 pelo Ministério Público como o mandante do crime. Chegou a ser preso. Sombra voltou a negar qualquer envolvimento com o seqüestro e a morte de Celso Daniel.

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