Abuso na igreja

Juíza de Goiás condena frade pedófilo a 14 anos de reclusão

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24 de novembro de 2005, 16h39

O frei Tarcísio Tadeu Spricigo, de Anápolis, Goiás, foi condenado a 14 anos e 8 meses de reclusão, em regime integralmente fechado, pelo crime de pedofilia. Segundo a denúncia, ele abusou sexualmente de dois menores, um de 13 anos e outro de 5 anos. Os crimes ocorreram entre os anos de 2001 e 2002. A decisão é da juíza Ana Maria Rosa Santana. Cabe recurso.

A juíza descartou a tese da defesa de insanidade mental. Para a juíza, o frei demonstrou, durantes as audiências, estar “lúcido e lampeiro”. “Tanto o acusado tinha consciência de ilicitude de suas condutas e das suas conseqüências que alertou suas vítimas para não falarem nada para ninguém, pois se assim procedessem, ele seria preso”, observou a juíza.

A juíza lembrou que, abusando da confiança dos familiares das vítimas em função de sua condição de religioso, Spricigo fez os dois menores jurarem, diante da imagem de Jesus Cristo, que manteriam os fatos em segredo. Na denúncia, o Ministério Público sustentou que o frei é já praticou outros crimes contra a liberdade sexual e inclusive foi condenado pelos mesmos crimes na comarca de Agudos (São Paulo).

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