Diamantes de guerra

Tuma traz ao país relatório da ONU sobre crime organizado

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17 de novembro de 2005, 16h48

Por Claudio Julio Tognolli

O senador Romeu Tuma (PFL-SP) promete chegar ao Brasil nos próximos dias com novidades na área de legislação internacional no combate ao crime. Tuma foi enviado pelo Senado Federal à Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas para acompanhar especificamente a instalação de um escritório da Interpol, a polícia internacional, dentro da ONU, em Nova York.

Tuma coleta dados sobre tráfico de armas e de drogas. Sobretudo conexão entre traficantes de cocaína da América Latina e traficantes de armas e diamantes na África. Segundo os últimos dados das Nações Unidas, as 10 principais máfias do mundo, enraizadas em 23 países, inclusive o Brasil, movimentam por ano cerca de US$ 3 trilhões, gerados a partir de US$ 200 bilhões lucrados anualmente pelos traficantes de cocaína.

Estima-se que a indústria ilegal de diamantes movimente por ano US$ 6,7 trilhões. Cerca de 4% desse montante (US$ 268 bilhões), segundo a Interpol, serve para sustentar conflitos armados. Angola produz 80% dos melhores diamantes do mundo. São mais de 30 milhões as armas leves em circulação na África, de acordo com o relatório anual de Small Arms Survey, uma organização independente que estuda a difusão das armas leves no mundo e o seu impacto nas sociedades dos países mais pobres.

Esses canais têm se conectado com narcotraficantes latino-americanos, cada vez mais. É esse o dossiê que Tuma traz ao Brasil

Outra guerra

Romeu Tuma nega que tenha ido a Nova York investigar a suposta movimentação de US$ 3 milhões, por parte do PT, a partir de conexões com Cuba e Uruguai.

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