Iniciação dolorosa

OAB quer acompanhar investigação de tortura no Exército

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17 de novembro de 2005, 16h31

A OAB pretende obter mais informações sobre as acusações de tortura num quartel do Exército em Curitiba e acompanhar as apurações. As imagens das sessões de tortura foram divulgadas no domingo (13/11) no programa Fantástico, da Rede Globo.

Segundo as imagens divulgadas pela Globo, as vítimas são sargentos recém-promovidos, que eram submetidos a um ritual de iniciação que incluía choques, sessões de afogamento, queimaduras com ferro de passar roupas e pancadas.

O presidente em exercício da Ordem, Aristóteles Atheniense, designou o conselheiro Edísio Simões Souto, presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB, para visitar, nesta sexta-feira (18/11), o comandante da 5ª Região Militar (sede em Curitiba), general Túlio Cherem. Os presidentes da seccional da OAB do Paraná, Manoel de Oliveira Franco, e da Comissão Estadual de Direitos Humanos, Cleverson Marinho Teixeira, também participarão do encontro.

Aristóteles Atheniense reprovou a atitude do Exército de determinar a abertura apenas de uma sindicância para apurar as responsabilidades pela tortura, conduzida por militares. “Essas imagens me lembraram os recentes absurdos cometidos por membros do Exército dos Estados Unidos no Iraque”, comparou o presidente em exercício da OAB.

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