Acerto de contas

D’Urso rebate críticas à Escola Superior de Advocacia

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10 de novembro de 2005, 18h58

O presidente da seccional paulista da OAB, Luiz Flávio Borges D’Urso, respondeu nesta quinta-feira (10/11), às críticas feitas pela ex-diretoria da Escola Superior de Advocacia, na carta de demissão entregue à direção da entidade. Ele também anunciou que o ex-presidente da seccional, Rubens Approbato Machado, assumirá a direção da Escola.

Em entrevista à revista Consultor Jurídico, D’Urso afirmou que está tão comprometido com a qualidade da Escola quanto a ex-diretora, Ada Pellegrini Grinover, e que as diferenças se estabeleceram porque sua gestão rompeu com a forma de administração anterior, principalmente na questão da nova proposta de gestão financeira e administrativa da Ordem.

“Havia a idéia, que se mostrou equivocada, de que a escola era auto-suficiente. Na verdade, a escola custa muito para a OAB”, disse D’Urso. Segundo ele, “a nova gestão da OAB-SP acredita no trabalho voluntário, exercido pelos diretores da Ordem e da Caasp, conselheiros e todos membros da OAB. É o trabalho que visa servir a OAB-SP e não servir-se dela. O fim da remuneração para os cordenadores de curso está dentro desse espírito e, poderá ajudar a baratear os cursos, ampliando seu acesso a um número maior de advogados”.

D’Urso disse que um levantamento mostrou que os coordenadores recebiam valores elevados. “Temos sim de pagar os professores, mas o trabalho de coordenação, que consiste em definir o curso e escalar os professores, não têm de ser remunerado”, disse. “E a decisão de cortar a remuneração foi tomada em razão de um abaixo-assinado chancelado pelos presidentes das subsecções e endossado pelos conselheiros seccionais e pela diretoria”.

O presidente da OAB paulista também rebateu as críticas pela supressão dos folders com a programação dos cursos: “O custo era de R$ 200 mil. No lugar de gastar isso, divulgamos pela internet e tivemos 220 mil acessos diários. A própria Ada nos parabenizou pela resposta dos internautas”.

Luiz Flávio Borges D’Urso afirmou que, ao contrário do que foi descrito na carta de demissão da diretoria, as horas extras foram cortadas em todos os setores da seccional. “Por fim, destaco o grande trabalho da Ada Pellegrini Grinover na ESA. Mas, a exemplo do que ela fez gratuitamente, todos devemos fazer. Nem os conferencistas de maior excelência recebem pagamento da OAB”, concluiu.

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