Operação Plata

Polícia Federal prende 53 acusados de contrabando

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4 de novembro de 2005, 22h24

A Polícia Federal prendeu na tarde desta sexta-feira (4/11) 53 pessoas suspeitas de envolvimento em contrabando de artigos eletrônicos, de informática e equipamentos hospitalares. Batizada de “Plata” a operação conjunta com o Receita Federal e o Ministério Público Federal envolveu 110 servidores da Receita e 430 policiais federais, no Rio Grande do Sul e em São Paulo. O objetivo da operação era combater o descaminho e o contrabando de mercadorias em todo o território nacional.

Foram expedidos cerca de 70 mandados de prisão, 99 de busca e apreensão em escritórios, residências e estabelecimentos comerciais e 74 mandados de seqüestro de veículos utilizados pela quadrilha. A quadrilha, segundo a PF, movimentava mensalmente cerca de R$ 55 milhões. As informações são da Agência Estado.

De acordo com a PF, as investigações indicaram que mercadorias importadas dos Estados Unidos, China ou Coréia do Sul aportavam em Montevidéu, por via marítima ou aérea. As cargas eram deslocadas do Uruguai até o Brasil como se estivessem em trânsito aduaneiro. Ao chegar em território nacional pelas fronteiras de Bagé, Chuí e Jaguarão, no Rio Grande do Sul, as cargas eram desviadas das rotas pré-estipuladas. A partir da região metropolitana de Porto Alegre, a organização criminosa deslocava parte das mercadorias contrabandeadas até os grandes centros consumidores de São Paulo, de onde eram distribuídas para todo o país.

Policiais e ex-policiais acabaram presos e foram apreendidos caminhões carregados com câmeras digitais e descobertos galpões recheados de produtos que entraram ilegalmente no Brasil.

No total, 15 pessoas foram presas em São Paulo, inclusive o homem apontado como chefe do esquema, o comerciante José Antonio Martins. Ele escapou da PF pela manhã com a ajuda de um agente federal, que lhe contou sobre a operação. O agente acabou preso, assim como Martins, detido à tarde em um táxi.

No Rio Grande do Sul, a PF prendeu 38 pessoas entre eles advogados, empresários, caminhoneiros e policiais civis, em 15 cidades. Dois ex-policiais civis também tiveram a prisão decretada. Um, Rubens Bolorino, foi detido em São Paulo. O outro, Ricardo José Guimarães, é tido como líder de grupo de extermínio de Ribeirão Preto (SP).

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