Argumento de defesa

Abin diz que documento sobre as Farc e PT é forjado

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15 de março de 2005, 18h32

Mais de 60% do documento exibido nas televisões, que mostra ligações entre o Partido dos Trabalhadores e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), é forjado. É o que alegarão o general Jorge Félix, do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, e o delegado Mauro Marcelo de Lima e Silva, diretor da Agência Brasileira de Inteligência, a Abin, para a Comissão de Controle de Atividades de Inteligência do Senado. Nesta quarta-feira (16/3), às 13h, eles explicarão o caso.

O assunto foi tratado pela primeira vez pela revista Veja esta semana e, depois, a imprensa em geral entrou no caso. Segundo a reportagem de Veja, um dos documentos da Abin obtidos mostra que, em dia 13 de abril de 2002, um grupo solidário com as Farc fez uma reunião numa chácara nos arredores de Brasília.

De acordo com o texto, “na reunião, que teve a presença de cerca de trinta pessoas, durou mais de seis horas e acabou com um animado forró, o padre Olivério Medina, que atua como uma espécie de embaixador das Farc no Brasil, fez um anúncio pecuniário. Disse aos presentes que sua organização guerrilheira estava fazendo uma doação de 5 milhões de dólares para a campanha eleitoral de candidatos petistas de sua predileção”. A reportagem lembra que faltavam menos de seis meses para a eleição.

O delegado e o general levarão documentação aos senadores para atestar que seria parcialmente forjado o relatório, timbrado pela Abin, que mostra a doação de US$ 5 milhões.

As Farc já tomaram 45% da Colômbia e sustentam sua guerrilha com dinheiro do narcotráfico de cocaína.

Félix e Mauro Marcelo vão mostrar aos senadores que o relatório exibido por um deputado federal, timbrado pela Abin, traz erros de português e desrespeita as 30 normas de datilografia que são secretas e conhecidas apenas pelos agentes da Abin.

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