Ócio castigado

Corte argentina afasta juiz considerado preguiçoso

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31 de maio de 2005, 11h24

O juiz argentino Néstor Narizano foi destituído, na segunda-feira (30/05), por agir “com ociosidade e preguiça”. O júri do Conselho de Magistratura aceitou a acusação de que o juiz estudava psicologia no horário em que deveria velar pelos direitos dos presos. O conselho entendeu que Narizano apresentou mau desempenho de sua função, razão que justificou a destituição do cargo.

O juiz já havia sido suspenso preventivamente em dezembro do ano passado. Na ocasião, seus superiores comprovaram que o juiz estudava psicologia, numa universidade particular argentina, em horários que coincidiam com os do trabalho. A informação é do Espaço Vital

Narizano atuava como juiz da Vara de Execuções Penais de Buenos Aires. Entre as atividades, era sua obrigação visitar penitenciárias, avaliar pedidos de saídas transitórias e trabalhistas e conceder Habeas Corpus. O ex-secretário do juiz, Javier de la Fuente, afirmou, no julgamento, que Narizano “não queria assinar resoluções e ficava irritado quando levavam para ele muitos processos”.

Os membros do júri consideraram Narizano culpado de duas das quatro acusações apresentadas contra ele no julgamento. O delito mais grave foi o de “ter obstruído com sua ociosidade o desempenho do tribunal sob sua responsabilidade devido à preguiça com que conduzia sua jurisdição”.

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