Contra a mordaça

Jornalistas promovem manifestação contra a censura

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25 de maio de 2005, 16h18

A FENAJ — Federação Nacional dos Jornalistas, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo e a Associação dos Jornalistas Aposentados do Estado de São Paulo promovem uma manifestação de repúdio à censura, ameaças e violências contra o jornalismo e pela Liberdade de Imprensa no Brasil

O ato público está marcado para o dia 1º de junho — Dia da Imprensa brasileira —, às 12 horas, em frente à sede do Tribunal de Justiça de São Paulo, que fica na Praça Clóvis Bevilácqua, ao lado da Praça da Sé. Os manifestantes vão usar uma mordaça preta em sinal de protesto

A escolha do local foi feita também representa um protesto contra decisões da Justiça tomadas nos últimos dias e consideradas como ameaças concretas à liberdade de expressão. É o caso da liminar concedida por um desembargador de Rondônia que proibiu a veiculação no estado de reportagem do Fantástico, da Rede Globo, no dia 15 de maio, mostrando cenas de corrupção explícita de um grupo de deputados estaduais.

Também estão entre os alvos da manifestação a condenação a 18 meses de prisão imposta ao jornalista Jorge Kajuru, e a apreensão do livro Na toca dos leões, do também jornalista Fernando Morais. Nos dois casos atuou a Justiça de Goiás.

Kajuru e Morais, bem como os jornalistas Joacir Gonçalves, do Jornal Enfoque Social, de Itaquaquecetuba (SP) e Fernando de Santis, demitido do jornal Correio do Litoral, de Ilhabela (SP) foram convocados para participar da manifestação. Gonçalves e de Santis foram vítimas recentemente de ameaças de morte de autoridades e empresários em suas respectivas cidades, em conseqüência de denúncias feitas em reportagens.

Manifestações semelhantes às de São Paulo, serão feitas pelos sindicatos de jornalistas em todo o Brasil e na oportunidade será lançada a Campanha Nacional em Defesa da Liberdade de Imprensa.

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