‘Problemas psicológicos’

Juiz acusado de matar vigia falta a interrogatório

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3 de maio de 2005, 19h01

O juiz Pedro Pecy Barbosa de Araújo, acusado de matar o vigia de um supermercado em Sobral, não compareceu ao interrogatório marcado para esta terça-feira (3/5) no Tribunal de Justiça do Ceará. De acordo com a assessoria de imprensa do TJ-CE, os advogados de defesa do réu alegaram problemas psicológicos para a ausência na sessão.

Barbosa de Araújo é acusado de homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e sem dar possibilidade de defesa ao ofendido. O tiro contra José Renato Coelho Rodrigues foi dado pelas costas depois de ele se negar a reabrir o supermercado para a entrada do juiz. O crime foi registrado pelo sistema interno de televisão da loja.

A denúncia oferecida pela procuradora-geral de Justiça do estado, Maria Iracema Vale Holanda, foi recebida pelo desembargador Ernani Barreira Porto que, na época, estipulou o prazo de 15 dias para que o Barbosa de Araújo se manifestasse sobre as acusações. Como o prazo se esgotou (a decisão é do dia 15 de março) e o juiz não compareceu ao TJ, Porto determinou que ele será ouvido na próxima terça-feira na sede do Corpo de Bombeiros de Fortaleza, onde está preso.

Os advogados de defesa alegam que o decreto de prisão preventiva de Barbosa Araújo não está bem fundamentado. Segundo o advogado, a fita que comprova o crime é falha — não traz a voz das testemunhas presentes na ocasião

O juiz já entrou com pedido de HC no Superior Tribunal de Justiça, mas teve a liminar negada. A alegação de que não existe motivo para a restrição de liberdade não foi aceita pelo ministro Quaglia Barbosa. Segundo ele, a decisão que determinou a prisão está devidamente fundamentada.

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