Mau comportamento

Elias Maluco continua preso em regime diferenciado

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20 de junho de 2005, 15h52

O traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco teve seu pedido de Habeas Corpus negado e não poderá sair do regime especial a que está submetido no presídio de Bangu I. A decisão é da Seção Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, na sexta-feira (17), que negou recurso do advogado Célio Maciel.

Segundo a direção do presídio, ele teria praticado gesto obsceno, e não vestia o uniforme de presidiário quando voltava do fórum, no dia em que foi a julgamento. Além disso, foram apreendidas correspondências de Elias Maluco com ordens para o tráfico. As informações são do Tribunal da Justiça do Rio de Janeiro.

A desembargadora Gizelda Leitão,que decidiu sobre o caso, disse não haver dúvida de que Elias Maluco adotou “comportamento arrogante, afrontoso e indisciplinado” ao sair do plenário no dia 25 de maio.”Não falamos somente na troca de camisa do uniforme por outra, mas também, do gesto obsceno que o paciente fez quando se retirava do plenário e, ainda, a apreensão de correspondência (possivelmente de sua lavra) com expressa referência ao episódio da troca de camisa, quando do julgamento no I Tribunal do Júri”, afirmou Gizelda.

O traficante está incomunicável desde o seu julgamento, no 1º Tribunal do Júri e não pode receber visita de sua família e nem dos seus advogados.

Acusado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes e pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e formação de quadrilha, Elias Maluco, foi condenado a 28 anos e meio de prisão.

Pelos mesmos crimes, o traficante Cláudio Orlando do Nascimento, o Ratinho, foi condenado pelo 1º Tribunal do Júri a 23 anos de prisão em regime fechado, na quarta feira (15/6).

Tim Lopes, de 51 anos, foi morto quando fazia reportagem investigativa sobre bailes funk, na favela da Vila Cruzeiro, na Penha, para o TV Globo, em 2 de junho de 2002. Foi também autor da reportagem sobre o Feirão das Drogas nos morros cariocas, entre eles, o do Alemão, em Ramos. O jornalista teria sido torturado e seu corpo esquartejado e queimado pelos traficantes.

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