No vermelho

Mais de 70% são reprovados no exame da OAB da Paraíba

Autor

2 de junho de 2005, 13h11

Apenas 26% dos bacharéis paraibanos que prestaram o primeiro Exame de Ordem do ano, feito de forma unificada na região nordeste, vão se tornar advogados. Dos 789 inscritos inicialmente, 465 foram aprovados na primeira fase (prova objetiva). No final da segunda fase, apenas 210 foram considerados aptos a receber a carteira de advogado.

Segundo a seccional da OAB da Paraíba, apesar do número de eliminados, a média de aprovação do estado é semelhante ou melhor às que estão sendo registradas nos demais estados brasileiros. O Distrito Federal, por exemplo, reprovou 71% do total de inscritos. No Pará, a aprovação foi a mais baixa da história da seccional da OAB: somente 18,01% obtiveram êxito ao final das duas etapas.

O presidente da Comissão de Estágio e Exame de Ordem da OAB da Paraíba, Rodrigo Nóbrega Farias, culpou a proliferação de faculdades privadas de Direito de má qualidade e a crise do ensino jurídico pelo alto índice de reprovação dos candidatos.

“A reprovação é reflexo do sucateamento das universidades públicas até a proliferação sem controle das faculdades privadas”, afirmou Farias. “O Exame de Ordem é rigoroso, mas não difícil, pois qualquer candidato que se capacitou e recebeu ensino superior de qualidade está apto a ser aprovado no teste”.

Região sudeste

No estado do Espírito Santo, 51,6% foram reprovados. Em números, dos 1.327 inscritos, 642 conseguirem êxito nas duas fases do exame, contabilizando um índice final de 48,37% de aprovação.

A Ufes — Universidade Federal do Espírito Santo foi a primeira colocada no ranking das aprovações. Dos 78 bacharéis inscritos pela Ufes, 58 obtiveram êxito, o equivalente a 74,36% de aprovação. O segundo lugar ficou com as Faculdades Integradas de Vitória, com 63,64% de aprovação. Quem mais aprovou em terceiro lugar foi o Centro Universitário de Vila Velha, com 50,73%.

Tags:

Encontrou um erro? Avise nossa equipe!