O dinheiro sumiu

TJ-RJ ouve Eurico Miranda em processo contra Caixa D’Água

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31 de janeiro de 2005, 18h41

O presidente do Vasco, Eurico Miranda, e outras dez testemunhas de acusação serão ouvidos, nesta terça-feira (1/2) pelo juiz Geraldo Prado, da 37ª Vara Criminal do Rio, em processo movido pelo Ministério Público para investigar irregularidades na Federação de Futebol do Estado do Rio (FERJ).

O ex-presidente da FERJ, Eduardo Viana, o Caixa D’Água, é acusado dos crimes de formação de quadrilha, estelionato, falsidade ideológica e fraude processual, pelo desvio do dinheiro da venda de ingressos dos jogos Flamengo x Cruzeiro e Flamengo x Vasco, dos Campeonato Brasileiro de 2003. Também foram denunciados Francisco Aguiar, Paulo Roberto Pietrolongo, Gilberto Rangel, Jobel Mendes Braga e Carlos César Martins.

Segundo denúncia do Ministério Público (MP), Francisco Aguiar, vice-presidente da FERJ, seria o responsável pelo transporte dos valores desviados e por comandar a cooperativa Coopeb, recebedora da verba destinada ao pagamento dos funcionários que prestam serviços (árbitros, bilheteiros e auxiliares) no estádio durante as partidas de futebol.

O MP afirma que a Coopeb seria uma empresa fictícia. Durante o interrogatório das testemunhas, ocorrido no dia 18 de novembro do ano passado, os depoimentos dos réus foram marcados por contradições. Caixa D’Água reconheceu a Coopeb como legítima, mas disse nunca ter ido a sede da empresa. Porém, Paulo Roberto Pietrolongo, diretor de operações da Federação, desconheceu a Coopeb. Já Gilberto Rangel, coordenador dos funcionários do quadro móvel da FERJ, contou ser presidente da Coopeb há um ano.

Eurico Miranda. foi intimado no dia 7 de dezembro. Também serão ouvidos Aguinaldo Silva Dias Júnior, Sérgio Antônio Machado Emilião, Rubens Lopes da Costa Filho, Hildo Nejar, Nilson Cardoso Mattos, Rubem Moreira Carneiro Neto, Maria Cristina da Silva Rosa, Diana Gentil Lima, Jersilei Maia e Maria Ângela Alves Luz.

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