País dos delatores

Buratti acerta acordo de delação premiada com o MP

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18 de agosto de 2005, 20h15

O advogado do empresário Rogério Tadeu Buratti fez um acordo com o Ministério Público para que o empresário receba os benefícios da delação premiada em troca de informações que ajudem as investigações o suposto acerto de empreiteiras em licitações de lixo em cidades de São Paulo e Minas Gerais. A informação é da Agência Estado.

Buratti é acusado também de fazer a intermediação no acordo para a renovação do contrato entre a Caixa Econômica Federal e a multinacional GTech. De acordo com o delegado seccional, Benedito Antonio Valencise, Buratti terá de apresentar provas para todas as acusações que fizer no seu depoimento.

O empresário foi secretário de Governo de Antonio Palocci, quando o ministro da Fazenda era prefeito de Ribeirão Preto (1993-1996), no interior paulista.

Rogério Buratti, foi preso na tarde desta quarta-feira (17/8), em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. A prisão temporária por cinco dias foi decretada pelo juiz Luiz Augusto Freire Tetônio atendendo a pedido do Ministério Público do Estado de São Paulo que acusa Buratti de destruir provas contra ele, fraude em licitação, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

Segundo o Ministério Público do Estado de São Paulo, por meio de interceptações telefônicas realizadas desde a semana passada, foram gravadas conversas em que Buratti combinava um esquema para destruir provas dos crimes de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. O inquérito foi aberto nesta quarta. Também foi decretada a prisão do corretor Claudinei Maud, acusado de gerenciar o esquema de lavagem.

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