Promotor expulso

MP expulsa promotor acusado de matar jovem em Bertioga

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27 de abril de 2005, 18h29

O Ministério Público de São Paulo decidiu, por 6 votos a 3, expulsar o promotor de justiça Thales Ferri Schoedl. Ele é acusado de matar um jovem e ferir outro, no dia 30 de dezembro do ano passado, após uma discussão em Bertioga, litoral de São Paulo.

O Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo analisou o caso, nesta quarta-feira (26/4), por mais de quatro horas. A discussão girou em torno do vitaliciamento — período probatório de dois anos a que integrantes do MP e da magistratura devem ser submetidos. No caso de Schoedl, que ingressou na carreira há um ano e oito meses, os dois completam-se em agosto. Mas a maioria decidiu pelo não vitaliciamento.

Votaram pela expulsão os procuradores Rodrigo Pinho, Evelise Pedroso Teixeira Prado Vieira, João Francisco Moreira Viegas, José Luís Alicke, Mário de Magalhães Papaterra Limongi e Paulo Mário Spina. Votaram pela manutenção do promotor no cargo os procuradores Antônio Ferreira Pinto, José de Arruda Silveira Filho e Tiago Cintra Zarif. Esse último procurador votou pela prorrogação do vitaliciamento do promotor.

O promotor pode recorrer da decisão ao Órgão Especial do Colégio de Procuradores.

Thales Ferri Schoedl atirou contra os estudantes Diego Mendes Modanez e Felipe Siqueira Cunha de Souza, ambos de 20 anos, matando o primeiro e ferindo gravemente o segundo, no dia 30 de dezembro. O promotor alegou que atirou em legítima defesa contra um grupo de pessoas que o ameaçavam e que teriam mexido com sua namorada.

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