Golpe de estado

Presidente do Equador manda dissolver Suprema Corte do país

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16 de abril de 2005, 11h43

O presidente do Equador Lucio Gutiérrez decretou, nesta sexta-feira (15/4), estado de emêrgencia na capital Quito e na província de Pichincha, limitou os direitos civis e mandou dissolver a Suprema Corte de Justiça do país.

A crise é reflexo da desavença entre Poderes de estado em função da reforma do Judiciário equatoriano. Em dezembro do ano passado, uma maioria governista no Congresso reestruturou a Suprema Corte de Justiça, medida taxada como ilegal e inconstitucional pela oposição.

Neste sábado (16/4), milhares de opositores e líderes políticos saíram às ruas para pedir que Gutiérrez, militar da reserva em seu 23º mandato, deixe o poder.

O presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Roberto Busato, condenou o golpe de estado. “O mundo de hoje não aceita mais este tipo de ‘coronelismo’, esse tipo de militarismo, essa forma de enfrentar as crises políticas, por meio da decretação de estados de emergência exóticos”, afirmou.

O Colégio de Advogados do Equador já havia denunciado o despotismo do governo de Gutiérrez durante o Encontro da União Iberoamericana de Colégios e Associações de Advogados, realizado há dez dias em Mar del Plata, na Argentina.

“É um verdadeiro atentado aos direitos do cidadão, contra a civilidade, contra a modernidade, contra o bom senso de convivência pacífica e harmônica dos Poderes”, disse Busato.

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