Rodada de negociações

TJ paulista aumenta proposta de reajuste a servidores do Judiciário

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20 de setembro de 2004, 19h18

A rodada de negociações para por fim à greve dos servidores do Judiciário de São Paulo entrou num impasse no final da tarde desta segunda-feira (20/9). O Tribunal de Justiça ofereceu reajuste de 17% sobre a gratificação judiciária para os servidores. Ou seja, dois pontos percentuais a mais que a proposta anterior.

As lideranças da greve não ficaram satisfeitas e a negociação, já retomada, foi suspensa por algumas horas. A categoria reivindica 26,39% de reajuste salarial a partir de setembro.

A nova proposta foi apresentada pelos desembargadores Walter Guilherme, Demóstenes Braga e Ribeiro dos Santos. A expectativa era de que as negociações avançassem, as propostas se tornassem mais flexíveis e as duas partes entrassem num acordo pondo fim à paralisação.

No início de agosto, o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Luiz Elias Tâmbara, ofereceu reajuste de 15% sobre a gratificação judiciária dos servidores. A proposta condicionava o aumento à volta imediata dos grevistas ao trabalho.

As entidades representativas das diversas categorias reclamavam reposição salarial de 39,19%, retroativa a março. As duas partes evoluíram em suas propostas, depois que o Plenário do TJ apresentou o índice de 26,39%, que dependeria de projeto de lei encaminhado à Assembléia Legislativa.

A greve já é a maior da história do Judiciário paulista e completou 84 dias. A paralisação impediu o trâmite de cerca de 12 milhões de processos, só na primeira instância, e suspendeu 400 mil audiências.

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