Greve do Judiciário

Acerto entre TJ e servidores pode pôr fim à greve da Justiça em SP

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20 de setembro de 2004, 21h23

O Tribunal de Justiça de São Paulo e os servidores do Judiciário do estado fizeram um acordo que pode colocar fim à greve na Justiça paulista, que completou 84 dias nesta segunda-feira (20/9). As negociações da reunião entre as lideranças do movimento e os desembargadores avançaram bastante.

Segundo o presidente da Associação dos Servidores do Tribunal de Justiça (Asetj), José Gozze, o TJ ofereceu um reajuste de 17% sobre os salários a partir de setembro e se comprometeu a não descontar os dias parados da folha de pagamento.

Os servidores, por sua vez, afirmaram que farão um mutirão para tentar amenizar o atraso causado pela paralisação. Mas, para que a greve seja encerrada, a proposta deve ser aprovada em assembléia, na próxima quarta-feira (22/9).

A categoria reivindicava 26,39% de reajuste salarial a partir de setembro. No início de agosto, o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Luiz Elias Tâmbara, ofereceu reajuste de 15% sobre a gratificação judiciária dos servidores.

A proposta condicionava o aumento à volta imediata dos grevistas ao trabalho. As entidades representativas das diversas categorias reclamavam, no início, reposição salarial de 39,19%, retroativa a março.

A greve é a maior da história do Judiciário paulista e completou 84 dias. A paralisação impediu o trâmite de cerca de 12 milhões de processos, só na primeira instância, e suspendeu 400 mil audiências.

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