Julgamento adiado

Laudos mostram culpa de piloto de lancha no acidente de Lars Grael

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23 de março de 2004, 17h18

Os laudos — policial, naval e da Capitania dos Portos — confirmam a culpa de Carlos Guilherme de Abreu Lima no acidente em que o iatista Lars Grael perdeu a perna. A afirmação é do desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Humberto Manes, relator do processo.

Nesta terça-feira (23/3), o relator votou no sentido de manter a sentença de primeira instância, que condenou o empresário Carlos Guilherme Lima solidariamente. Ele é o dono da lancha pilotada pelo filho no acidente que decepou a perna do iatista em setembro de 1998, no Espírito Santo. O julgamento, no entanto, foi adiado 5ª Câmara Cível do TJ do Rio porque o revisor Roberto Wider pediu vista do processo.

Segundo Manes, “todas as provas técnicas apontam para o condutor da lancha”. Ele lembrou que o filho do empresário colidiu com a embarcação de Lars Grael e que o dano moral é calculado para punir o responsável e dar a justa reparação para alguém que perdeu uma perna.

O pedido de vista refere-se, segundo informações do TJ-RJ, tão somente ao valor da indenização. Ainda falta o voto do desembargador Paulo Gustavo Rello Horta.

De acordo com informações divulgadas pelo TJ-RJ, na sentença de primeira instância, a juíza Mirella Correia de Miranda Alcântara Pereira, da 3ª Vara Cível de Niterói, condenou pai e filho a pagarem R$ 1,9 milhão por danos emergenciais (quando a pessoa fica impedida de trabalhar), pensão vitalícia no valor de R$ 7,3 mil e indenização por dano moral de R$ 500 mil.

A juíza também determinou o pagamento de R$ 50 mil para tratamento fisioterápico e para a compra, adaptação e manutenção das próteses até a morte de Lars Grael, além de honorários médicos no valor de R$ 24,2 mil, despesas hospitalares no valor de R$ 9 mil e R$ 120 por cada muleta canadense.

Lars Grael é atualmente secretário de Juventude, Esporte e Lazer do Estado

de São Paulo. Em 1998, ele treinava na Praia de Camburi para a 44ª Taça Cidade de Vitória de Vela, quando seu veleiro foi atingido pela lancha conduzida por Carlos de Abreu Lima, que invadiu a área da competição. O iatista teve a perna direita decepada pela hélice do barco de Lima.

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