Protesto social

Tributação de serviços prejudica a geração de empregos

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20 de maio de 2004, 13h22

Nossos líderes governamentais certamente sofrem de miopia administrativa, enquanto afirmam que a prioridade é a geração de empregos. Pois nos últimos anos, houve enorme desestimulo á geração dos mesmos, decorrentes de medidas tributários de tais “governos do povo!” Senão vejamos:

– Aumento absurdo das alíquotas do PIS e da Cofins

– CPMF (não era para ser “provisória”? Cadê a coerência?)

– Retenção do INSS

– Aumento cavalar da base de cálculo da CSLL …

Como se sabe, o maior gerador de empregos é a pequena empresa, especificamente o setor de serviços. Pois foi este setor, justamente, que mais tem “pagado a conta” das burradas governamentais e da teimosia de torrar bilhões de dólares anuais em juros estratosféricos!

O que observo é que pequeno empresário da área de serviços, ainda que sufocado pela ditadura fiscal, tenta sobreviver tentando garantir os poucos empregos que restam, já que não pode, ele mesmo, fechar seu negócio e engrossar a massa de desempregados neste país.

Para os defensores do governo, vamos aos números:

Uma pequena empresa de serviços, optante pelo lucro real, têm incidência direta, sobre o faturamento, de pelo menos 7 (sim, sete!) tributos. Veja a situação de uma delas, ao faturar um serviço de R$ 1.000,00 – o que terá que pagar ou sofrer desconto:

TRIBUTO ………..Alíquota ……………… Valor R$

1.PIS ………………1,65%……………………..16,50

2.Cofins…………….7,60%………………………76,00

3.INSS (Retenção)…. 11%……………………….110,00

4.ISS…………………5%……………………..50,00

5.CPMF…………….0,38%………………….3,80

6.IRPJ (Estimativa 32%)15%………………48,00

7.CSLL (Estimativa 32%)9%……………….28,80

Soma (1 a 7)………………………………………333,10

Não, você não está enxergando mal! É R$ 333,10 de tributação sobre uma Nota Fiscal de R$ 1.000,00! Então “sobram” R$ 666,90 para pagar salários, FGTS, férias, 13º salário, custos administrativos, despesas gerais, outras taxas e impostos (sim, existem mais, sobre a atividade – como Contribuição Sindical, Alvarás Municipais, etc.), juros (bem altos, por sinal!) e outras despesas. Percebe-se que o lucro (se existir) será insuficiente para investir no próprio negócio e gerar empregos.

Faço um apelo ao “bom senso” (se é que restou algum neste governo…) para que se detenham e olhem os números acima, e pensem no povo (leia-se desempregado, no pequeno empresário) e parem com esta derrama de impostos!

Senhores senadores e deputados – vocês não são representantes do povo? Então parem de inclinar a cabeça para esta ditadura fiscal! Sejam legítimos representantes, e não opressores de nosso Brasil!

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