Sinal vermelho

Carvoarias do Pará que usavam trabalho escravo são interditadas

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13 de maio de 2004, 16h21

O Grupo Móvel de Combate ao Trabalho Escravo interditou nesta quinta-feira (13/5) 101 carvoarias que funcionavam irregularmente no município de Dom Eliseu, no interior do Pará. Cinqüenta e dois trabalhadores, incluindo dois adolescentes, que operavam os fornos foram encontrados em situação degradante. A produção das carvoarias destinava-se à Siderúrgica do Maranhão S.A. (Simasa).

De acordo com o procurador do Trabalho, Eder Sivers, que acompanha a operação ao lado de auditores do Trabalho e de policiais federais, os carvoeiros ficavam expostos a altas temperaturas, sem equipamentos de proteção individual. Eles também não dispunham de alojamento e banheiros adequados ou água potável e não eram registrados em carteira.

Segundo o procurador, a Simasa reconheceu a situação e se comprometeu a indenizar os trabalhadores. O montante da dívida ainda está sendo calculado e o pagamento deve ser feito na sexta-feira (14/5) na Delegacia Regional do Trabalho, de Açailândia, no Maranhão. Só então a carvoaria poderá voltar a operar. “Os fornos só voltam a funcionar quando a siderúrgica instalar os alojamentos, fornecer os equipamentos e cumprir com as outras obrigações referentes ao meio ambiente de trabalho”, disse Sivers. (PGT)

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