Ação social

Presidentes da Bovespa e do TST discutem geração de empregos

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13 de maio de 2004, 19h37

O presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro Vantuil Abdala, recebeu nesta quarta-feira (13/5), em audiência, o presidente da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), Raimundo Magliano Filho.

A visita faz parte do projeto institucional da Bovespa para se aproximar de diversos segmentos da sociedade – como empresas, sindicatos e tribunais – esclarecendo seu papel no processo de capitalização das empresas e na geração de empregos.

Segundo Magliano Filho, o maior desafio do mercado de capitais brasileiro nesse momento é livrar-se do estigma de “elitista”, atraindo pequenos investidores entre as camadas mais populares. As mulheres têm merecido especial atenção da Bovespa atualmente por seu acentuado perfil investidor.

O presidente da Bovespa relatou ao ministro Vantuil Abdala a experiência bem sucedida de aproximação com as centrais sindicais, que já permitiu a formação de grupos de investimentos formados por metalúrgicos do ABC paulista, que poupam R$ 29,00 por mês há mais de um ano.

“Queremos mostrar que a Bovespa não é uma casa de jogo, mas sim, um instrumento importante para o desenvolvimento econômico do País”, disse Magliano Filho. Segundo ele, é preciso despertar no brasileiro a idéia de poupança a longo prazo, que garanta não só a formação educacional de seus filhos mas também uma aposentadoria decente.

O ministro Vantuil Abdala comparou o processo de aproximação da Bovespa ao deflagrado pelo Poder Judiciário com a criação de Varas Itinerantes. O ministro fez ainda um relato sobre o problema da exploração de trabalhadores em condições análogas ao de escravos por empresários inescrupulosos e como a Justiça do Trabalho está atuando para coibir esta prática.

O presidente do TST detalhou seus projetos para o funcionamento da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento da Magistratura do Trabalho, cuja criação está prevista na Reforma do Judiciário. O objetivo de Vantuil é fazer com que os juízes do Trabalho conheçam a realidade do Brasil antes de proferir sentenças. A Bovespa defende que as escolas de magistratura tenham entre suas cadeiras uma específica sobre mercado de capitais. (TST)

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