Fora do jogo

Maioria dos Juízes do trabalho devem deixar a AMB

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6 de maio de 2004, 19h10

Estima-se que cerca de 60% dos 3.200 juízes do trabalho brasileiros sairão da Associação dos Magistrados Brasileiros a partir de segunda-feira (10/5). A decisão foi tomada pelo Conselho de Representantes da Associação nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) durante o 12º Congresso Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Conamat), que aconteceu na quinta-feira (6/5) em Campos do Jordão.

Das 24 Amatras (associações regionais) 17 decidiram pela desvinculação da AMB por acharem que a entidade que tem legitimidade para representar nacionalmente os juízes do trabalho é a Anamatra. As outras sete que optaram pela continuidade na AMB acreditam que não é o momento de se discutir isso, por causa da reforma do Judiciário.

O presidente da Anamatra, Grijalbo Coutinho, explica que a desvinculação dos juízes trabalhista da AMB não representa uma ruptura no movimento associativo, nem mesmo a questão de que alguns juízes continuem ligados à AMB seja uma divisão dos magistrados do trabalho.

“A união da magistratura brasileira não significa a reunião de todos sob uma mesma sigla, mas sim a partir de consensos reais”, afirmou ao lembrar que as divergências entre as duas entidades vêm se aflorando ao longo dos anos, como no caso da reforma da Previdência, do combate ao nepotismo, ao quinto constitucional e à definição de teto. (Anamatra)

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