Pena definida

Acusado de contrabando, Lobão é condenado a 22 anos de prisão.

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18 de junho de 2004, 21h17

Apontado como um dos maiores contrabandistas de cigarros de país, Roberto Eleutério da Silva, o Lobão, foi condenado a 22 anos e quatro meses de reclusão.

A decisão é da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, que determinou a prisão do empresário pelos crimes de contrabando, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, falsificação de selo de IPI (Imposto de Produtos Industrializados), falsidade ideológica e evasão de divisas.

O juiz federal Fausto de Sanctis também condenou o filho, Tomy Dias Eleutério, e a mulher de Lobão, Tânia dos Santos da Silva, pelos mesmos crimes, num total de 19 anos e 6 meses de reclusão. Outras cinco pessoas foram condenadas a penas que variaram de 14 a 4 anos de detenção.

Lobão cumpre pena no presídio Adriano Marrey, em Guarulhos. Preso preventivamente com mais outros quatro réus do processo desde setembro passado, ele foi transferido da custódia da PF para o presídio estadual.

As atividades da quadrilha de Lobão eram investigadas desde 2001 pelo Ministério Público Federal em São Paulo. Entre 2002 e 2003, interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça Federal de Brasília e realizadas pela Coordenação Geral de Operações da Polícia Rodoviária Federal, resultaram na obtenção de provas que determinaram o envolvimento de Lobão com contrabando.

Em julho de 2003, as apurações da PRF foram enviadas ao MPF em virtude das atividades do acusado já serem investigadas em São Paulo. O trabalho investigativo culminou na prisão de Lobão em setembro de 2003. Segundo o Procurador da República Silvio Luís Martins de Oliveira, autor da denúncia, a sentença “representa uma resposta à sociedade diante da impunidade no país”.

O ex-presidenciável paraguaio Julio Osvaldo Dominguez Dibb, também envolvido no esquema, será processado pela Justiça daquele país.

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