Sem autorização

Editora Abril é condenada por publicação de foto na Playboy

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12 de junho de 2004, 12h22

A Editora Abril foi condenada a pagar para Lúcia Helena Pinto e Virgínia Nascimento Carneiro R$ 20 mil — para cada uma — por danos morais. Motivo: elas tiveram suas fotos publicadas, sem autorização, em reportagem da revista Playboy intitulada “Ranking de qualidade de vida”. A decisão é da 4ª Câmara Cível do Tribunal de Alçada de Minas Gerais. O escritório Lourival J. Santos Advogados — que representa a Editora Abril — vai recorrer da decisão.

Depois da publicação na edição 313 da revista Playboy, página 108, elas passaram a receber telefonemas de amigos, parentes e colegas com piadas de mau gosto, além de convites para programas sexuais, de acordo com o site do Tribunal de Alçada de Minas Gerais. O namorado de Lúcia Helena chegou a romper o relacionamento por causa da repercussão do caso.

Elas entraram na Justiça contra a Editora Abril requerendo indenização de valor proporcional ao preço e ao volume de vendas das revistas e suas respectivas publicidades. A tiragem deste número foi de 800 mil exemplares, gerando uma vendagem de R$ 5.920.000,00, sem contar com a comercialização de anúncios.

A Editora Abril argumentou que elas não fizeram oposição às imagens. Pelo contrário, antes posaram para sete fotos. Acrescentou, ainda, que as requerentes se valeram da publicação buscar enriquecimento ilícito. A empresa negou o caráter pornográfico da revista e a intenção de denegrir a reputação de Lúcia Helena e Virgínia.

Os juízes do Tribunal de Alçada — Nilo Nívio Lacerda (relator), Saldanha da Fonseca e Domingos Coelho — confirmaram a sentença de primeira instância.

Apelação Cível: 429.813-7

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