Juíza chilena que assumiu homossexualidade perde tutela das filhas
1 de junho de 2004, 10h24
A juíza chilena Karen Atala pagou caro por assumir sua homossexualidade e a convivência com outra mulher: perdeu a tutela de suas três filhas. A decisão é da Corte Suprema do Chile, que acolheu ação movida pelo ex-marido da magistrada, que reclamou o pátrio poder.
Inicialmente, a Corte de Apelações de Temuco, 610 km ao sul de Santiago, decidiu que as meninas ficariam com a mãe, em 30 de março passado. Uma semana depois, a Corte Suprema revogou provisoriamente a decisão — até que fosse julgado o mérito do recurso interposto pelo pai das meninas.
No veredicto desta segunda-feira (31/5), o tribunal, além de confirmar a reforma da decisão dos juízes de Temuco, decidiu que “ao tomar a decisão de explicitar sua condição homossexual”, a juíza Atala manifestou “seus próprios interesses, postergando os de suas filhas — especificamente, ao iniciar a convivência com sua parceira homossexual no mesmo lar onde deveria cuidar de suas filhas”.
O advogado Jaime López, pai das três meninas, com idades de quatro, sete e nove anos, argumentou que ao serem criadas com a mãe lésbica, “as filhas poderiam sofrer perturbações em suas tendências sexuais e a discriminação da sociedade”. Na Justiça chilena, esse tipo de processo não tramita em segredo. (Espaço Vital)
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