Agricultores exigem rapidez na regulamentação da soja transgênica
29 de julho de 2004, 14h27
O presidente da Federação dos Agricultores do Rio Grande do Sul (Farsul), Carlos Sperotto, pediu ao ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, mais rapidez na regulamentação dos transgênicos.
Segundo a Agência Brasil, minutos antes de participar de uma reunião com o ministro, Sperotto afirmou que “na pior das hipóteses, o governo terá de editar uma nova medida provisória autorizando o plantio da soja geneticamente modificada. O Congresso está muito lento na votação da lei de biossegurança”.
De acordo com ele, o encontro tem como tema principal a instalação de uma Câmara Temática de Financiamento e Seguro para o Agronegócio. “Mas também vamos falar sobre o problema da soja. Doze estados já plantam o produto geneticamente modificado. Cerca de 20% da nossa produção é baseada nesse tipo de semente”, revelou o presidente da Farsul.
Ele atribui a pressa ao fato de que “a nova safra começa em setembro e os contratos para a compra de sementes, fertilizantes e insumos já estão sendo firmados”.
Um relatório do Greenpeace revelou que, dos cerca de 83 mil agricultores que cultivaram soja transgênica na safra 2003/2004, mais de 81 mil estão no Rio Grande do Sul. O documento aponta como uma das conseqüências do uso da soja geneticamente modificada — em especial a Roundup Ready, da Monsanto — o surgimento de ervas daninhas ainda mais resistentes, o que estaria provocando o aumento no uso de herbicidas.
O Greenpeace reivindica proteção para produtores de soja convencional, que teriam custos extras para limpar máquinas e separar os grãos tradicionais dos transgênicos.
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