Galo na cabeça

Justiça de Pernambuco libera briga de galos em Olinda

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24 de dezembro de 2004, 17h14

A Justiça do Pernambuco liberou a briga de galo em uma rinha de Olinda. Por decisão da 5 Câmara Cível do Tribunal de Justiça a briga de galo pode ser praticada sem empecilhos no Pal[acio do Galo, uma rinha de Olinda que funciona há mais de 40 anos e tem 300 associados. O local passou um ano fechado por intervenção do Ministério Público. A informação foi divulgada pelo site Globo.com nesta sexta-feira, 23/12.

A briga de galo é proibida em todo o país e durante a última campanha eleitoral municipal, o publicitário Duda Mendonça, marqueteiro da prefeita de São Paulo Marta Suplicy e do presidente Lula, foi preso enquanto em uma rinha clandestina do Rio de Janeiro.

Para o relator do processo, desembargador José Fernandes Lemos, a rinha de galo faz parte da “cultura nacional” e seus participantes apenas organizam e presenciam um fenômeno da natureza. O desembargador explicou que o galo costuma lutar com outro macho de sua espécie, mesmo quando não é induzido a faze-lo pelo homem. Lemos lembrou que a agressividade dos animais também faz parte do espetáculo em rodeios, vaquejadas e corridas de cavalos.

O presidente do Palácio do Galo, Sebastião Souto, afirmou que a decisão havia sido tomada no fim do primeiro semestre, mas os adeptos das rinhas decidiram não divulgá-la. Como o Ministério Público não recorreu da decisão, a sentença transitou em julgado.

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