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STJ mantém prisão de acusado pela Operação Cavalo de Tróia

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24 de dezembro de 2004, 11h26

O escrivão da Polícia Civil Haroldo Batista Macedo Júnior, acusado de integrar a organização criminosa especializada em fraudar correntistas de bancos, descoberta pela Operação Cavalo de Tróia, continuará preso. Ele teve liminar negada pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Edson Vidigal.

Macedo Júnior está preso preventivamente desde novembro do ano passado. Segundo a sua defesa, devido ao estado atual do processo, o acusado não põe risco à instrução criminal, “já na fase da colheita da prova defensiva, bem como o arrefecimento do ânimo da opinião pública a forçar a garantia da ordem pública”. Os advogados alegam, ainda, não existir qualquer sinal de ameaça à aplicação da lei penal, em especial pela situação do policial, que é servidor público estável, pai e arrimo de família, com residência fixa e sem antecedentes criminais.

Para o ministro Vidigal, o pedido de liminar confunde-se com o próprio mérito do Habeas Corpus, cuja análise é da competência da Turma julgadora. Assim, pediu informações ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que negou o primeiro pedido de HC feito por Macedo Júnior, e determinou o encaminhamento do caso ao Ministério Público Federal para que opine sobre o assunto. Somente após o retorno e terminado o recesso forense, o mérito será apreciado.

Operação

A quadrilha desbaratada pela Operação Cavalo de Tróia é formada por hackers que enviavam e-mails com vírus para usuários da internet, através dos quais conseguiam identificar as senhas e os extratos bancários dos correntistas. Com esses dados, a quadrilha fazia saques, transferência de contas e ainda enviava dinheiro para laranjas.

A Polícia Federal já prendeu vários hackers envolvidos com operações de fraudes bancárias. As prisões foram no Pará, Ceará, Tocantins e Maranhão. A operação reuniu 160 policiais. A PF apreendeu carros e computadores mas ainda está fazendo um balanço final. Coordenada pela Superintendência da PF no Pará, a Cavalo de Tróia prendeu supostos integrantes também no Piauí, Maranhão e Goiás, onde havia ramificações da quadrilha. Todos os acusados seriam levados para Belém.

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