Farol da Colina

Advogados não conseguem ter acesso a dados sobre Farol da Colina

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19 de agosto de 2004, 17h34

A Ordem dos Advogados do Brasil informou, nesta quinta-feira (19/8), que os advogados dos presos na Operação Farol da Colina não conseguem ter acesso às decisões judiciais que resultaram nas prisões. O presidente da entidade, Roberto Busato, repudiou o que classifica de violações das prerrogativas profissionais de advogados.

A operação, deflagrada na terça-feira pela Polícia Federal, mobilizou 800 homens em sete estados do país e apreendeu computadores e documentos de mais de 140 suspeitos de lavagem de dinheiro.

“Além de violar as prerrogativas dos advogados, a Polícia tem promovido o cerceamento ao direito de defesa na Operação Farol da Colina, o que é inadmissível num Estado de Direito Democrático, e cometido abuso de autoridade”, afirmou Roberto Busato.

O presidente da OAB criticou, ainda, o fato de comportamentos como este estarem se tornando uma “rotina inadmissível” no Brasil e afirmou que a OAB tomará todas as providências cabíveis para evitar que as prerrogativas dos profissionais da advocacia sejam novamente violadas.

Busato designou uma comissão para acompanhar o andamento das investigações da Operação Farol da Colina e garantir o cumprimento do Estatuto da Advocacia (Lei 8.906/94) e da Constituição Federal. A comissão é formada pelos advogados Alcides Bitencourt Pereira, Rene Ariel Dotti, Jacinto Nelson de Miranda Coutinho, Rolf Koerner Junior e Renato Cardoso de Almeida Andrade.

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